Forças Armadas Portuguesas
NÃO HONRAREM A MEMÓRIA DOS QUE MORRERAM E SOFRERAM PELA PÁTRIA!.


Forças armadas portuguesas - equipamento moderno
História das Forças Armadas Portuguesas
Afonso Henriques conquistou Santarém (Março de 1147) e Lisboa (Outubro de 1147), esta com a ajuda de cruzados Ingleses, Franceses, Alemães e Flamengos que iam para a Palestina. Tomaria ainda Almada e Palmela, que se entregaram sem luta, conquistando posteriormente, em 1159, Évora e Beja, que perderia pouco depois a favor dos mouros. A reconquista de Beja foi de novo possível em 1162, reocupando-se também Évora, com a ajuda de Geraldo Sem Pavor, em 1165.
D. Sancho I passou a comandar os exércitos portugueses. Em 1158 conquista Alcácer do Sal, de 1165 a 1169 conquista Évora, Beja e Serpa, que voltam a ser perdidas para os muçulmanos que recuperaram grande parte do Alentejo
Conquista a importante cidade de Silves, a 3 de Setembro de 1189. No entanto a conquista dura pouco, e Silves que já tinha sido anteriormente conquistada por Fernando Magno de Leão em 1060 e depois perdida, volta a cair nas mãos dos árabes em Abril de 1191, conquistada por Ibne Juçufe.
Silves é reconquistada definitivamente no reinado de D. Sancho II, por D. Paio Peres Correia mestre da Ordem de San´Tiago que num golpe de sorte, aproveitando a saída das tropas de Almansor, que tinha abandonado a cidade, deixando-a indefesa, para atacar Estombar.
Origens da marinha portuguesa
D. Afonso Henriques tinha uma marinha primitiva que esteve envolvida em constantes escaramuças com os barcos muçulmanos no estreito de Gibraltar. D. Fuas Roupinho foi um dos primeiros comandantes navais portugueses.
O seu sucessor D. Sancho I continuou a expansão naval do reino mandando construir em 1189, uma esquadra de 40 galés, galeotas e outros barcos. D, Diniz mandou semear um pinhal perto de Leiria, para fornecer madeira para a construção naval e encorajar a industria conferindo o privilégio de cavaleiros aos seus oficiais e artesãos. Manteve uma esquadra permanente para guardar as costas contra os ataques dos piratas, e foi o primeiro monarca português a estabelecer um posto de Almirante permanente e hereditário.
Em 1317 um nobre genovês famoso, Manoel Pessanha, foi o primeiro a ser nomeado para esse posto. Pessanha trouxe para Portugal diversas famílias genovesas que se tornaram com o tempo, os mais influentes na expansão marítima Portuguesa.
Batalha de Navas de Tolosa - Portugueses e Castelhanos vencem os muçulmanos (1212)Detendo o avanço dos Almóades na Península Ibérica, os reis de Castela, Aragão, Navarra, Leão e Portugal fizeram reunir um exército coligado contra as tropas do Califa al-Nasir, derrotadas por completo nesse dia. Esta importante e sanguinolenta batalha foi das mais renhidas da Alta Idade-Média, marcando uma data decisiva para a Reconquista na Espanha.
Batalha do Salado - Afonso IV e Afonso XI de Castela vencem os muçulmanos na grande batalha do Salado na Andaluzia, de grande importância para a independência dos dois reinos (1340)
No começo do Outono de 1340, Afonso IV de Portugal dirigiu-se a Sevilha, em auxílio de Afonso XI de Castela, donde seguiram os dois monarcas cristãos para Tarifa, cercada então pelos fortes exércitos sarracenos. A batalha travou-se junto ao rio Salado,(30 de Outubro de 1340) cabendo às tropas portuguesas a tarefa de defrontar as do rei de Granada, que se encontravam do outro lado do rio.
É salientada a coragem de D. Afonso IV, que a esta batalha ficou a dever o cognome de o Bravo, e também o seu desinteresse pela riqueza, bem como a dos combatentes portugueses que o acompanharam, que não quiseram aceitar a oferta de Afonso XI para que colhessem, do opulento espólio deixado no campo de batalha pelos Sarracenos vencidos, tudo o que lhes aprouvesse.
A Batalha do Salado foi o remate da última tentativa de vulto realizada pelos Muçulmanos e pelo remanescente reino de Granada para restabelecer ou, pelo menos, alargar o seu domínio na Península. Nesta batalha também teve um papel importante a Marinha Portuguesa, comandada pelo almirante Manoel Pessanha, cortando as rotas de abastecimento entre Marrocos e a Península..
Guerras pela independência (1384-1385)
Batalha dos Atoleiros - Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1384)Batalha de Aljubarrota - Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1385)Batalha de Valverde - Nuno Álvares Pereira vence os castelhanos (1385)
Antes da batalha de Aljubarrota, os portugueses tinha derrotado os castelhanos em Trancoso (Junho de 1385), e depois comandados por D. Nuno Álvares Pereira triunfaram na batalha de Atoleiros (Abril de 1384) e depois Valverde no território de Castela (Outubro de 1385).
Descobertas - batalhas e conquistas
A Conquista de Ceuta A 25 de Julho de 1415, sob o comando do Rei D. João I, largaram de Lisboa, em direcção ao Norte de África, 242 navios, alguns armados de guerra e galés, nos quais seguiam D. Henrique, D. Pedro e D. Duarte.
Depois de um pequeno ataque, cheios pânico, os Mouros recolheram-se espavoridos às portas da cidade, e 500 dos Portugueses, que correram logo sobre eles, entraram também de roldão, sendo depois auxiliados pelos infantes D. Henrique e D. Duarte com mais forças.
Conquistas de D. Afonso V em África
Conquista a pequena praça de Alcácer-Ceguer, no estreito de Gibraltar, em 1458, Anafé em 1464, e Arzila em 1471.. Em 1463-1464 há nova expedição a Tânger, mas que não resulta. Com a conquista de Arzila, Tânger é também ocupada. Nesta última campanha participa o príncipe D. João que, com 16 anos, se bate corajosamente e é armado cavaleiro.
São estas expedições e conquistas em África que valem o cognome de o Africano a D. Afonso V, e que lhe conferem prestígio entre a nobreza europeia. Como tinha casado com Joana, filha de Henrique IV de Castela, Afonso V reclamou o trono Castelhano e envolveu-se numa larga disputa com Fernando e Isabel, e foi derrotado na região de Zamora e Toro em 1476. Embarcou para França para pedir ajuda a Luís XI, mas não o conseguiu.
No seu regresso assinou com Castela o tratado de Alcáçovas (1479), abandonando os direitos da sua esposa Joana. Afonso V nunca recuperou deste seu fracasso, e durante os seus últimos anos de vida, o seu filho, o futuro D. João II, administrou o reino.
O Infante D. Henrique o Navegador
O terceiro filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre, mais conhecido impropriamente como " Navegador" (ele pessoalmente nunca passou de Tanger), chamava-se Henrique e foi mestre da Ordem de Cristo (1420), que o rei D. Dinis I tinha fundado (1319). Os fundos da ordem eram usados para atrair geógrafos e navegadores preparados e simultaneamente equipar uma série de expedições que gradualmente, começaram a colher frutos.
A data da primeira expedição do príncipe não é conhecida exactamente, mas parece ter sido cerca de 1418, quando a ilha de Porto Santo foi visitada. O primeiro contacto com a Madeira data provavelmente de 1419. Fez-se uma tentativa de povoar as Canárias, sem êxito, e entre 1427 e 1431 os marinheiros portugueses visitaram os Açores.
Mas os Açores e a Madeira eram desabitados, e a sua colonização procedeu-se rapidamente cerca de 1445. O açúcar aí produzido era exportado para a Europa e dava às ilhas uma grande importância económica. Ao mesmo tempo os barcos do príncipe Henrique estavam reconhecendo a costa Africana, passando o Cabo Bojador em 1434 e o Rio de Ouro em 1436. A infeliz expedição contra Tanger (1437) foi seguida afinal seguida por um arranque das descobertas.
Em 1439 o Príncipe Henrique foi autorizado a colonizar os Açores; e desde 1440 que as expedições que se seguiram foram equipadas com um novo e ligeiro navio, a caravela, atingiram a baía de Arguin (1443), Cabo Verde (1444), e à morte de Henrique (1460) tinham explorado toda a costa sul até à Serra Leoa. Sob o reinado de Afonso V, fizeram-se três expedições contra Marrocos (1458, 1463 e 1471); na última delas, Tanger e Arzila foram capturadas.
As explorações africanas não foram inteiramente abandonadas, mas fica para João II, com o seu sentido agudo do interesse nacional, fundar uma fortaleza e feitoria de comércio no Golfo da Guiné em Elmina (São João da Mina, 1481-82). Diogo Cão descobriu a foz do rio Congo em 1482 e avançou até Cape Cross, duzentas léguas para sul (1486).
O Homem que expandiu o mundo
Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a Índia
Vasco da Gama partiu de Lisboa ( Restelo ), a 8 de Julho de 1497, levando três naus e um navio de mantimentos. Chegou à ilha de Santiago ( Cabo Verde ) nos princípios de de Agosto e, a 8 de Novembro, ancorou na angra de Santa Helena ( ainda na costa ocidental da África ), após uma larguíssima rota através do Atlântico Sul.
Uma vez dobrado o cabo da Boa Esperança e a seguir, os cabos das Agulhas e do Infante, ancorou na Angra de S. Brás, onde foi destruído o navio dos mantimentos.
Passou ao largo do cabo do Recife e rumou então para o Norte.
Alcançou o rio dos Bons Sinais ( oz do Zambeze ), Quelimane, em Moçambique ), aportando depois a Mombaça e Melinde ( duas cidades do actual Quénia ).
Foi em Melinde que Vasco da Gama, tendo obtido as boas graças do sultão local, conseguiu que este lhe cedesse um piloto conhecedor dos segredos que permitiam uma boa travessia do Índico.
Com tão preciosa colaboração, Vasco da Gama e os seus homens alcançaram finalmente a Índia, aportando a Capua ( duas léguas a norte de Calecute ), no dia 20 de Maio de 1498.
Descoberta ou Achamento do Brasil
Depois do regresso de Vasco da Gama da Índia, em 1499, Pedro Álvares Cabral é nomeado comandante de uma frota de treze navios que partem em Março de 1500 com destino à Índia. Segue a rota indicada por Vasco da Gama, mas ao passar por Cabo Verde sofre um desvio maior para sudoeste, atingindo, a 22 de Abril de 1500, a costa brasileira. Manda um navio a Portugal com a nova da descoberta e segue para a Índia, chegando a Calecut em 13 de Setembro de 1500.
Vários barcos se perderam, entre eles o de Bartolomeu Dias, que naufragou perto do Cabo da Boa Esperança, que ele próprio dobrara anos antes pela primeira vez. Depois de cumprir a sua missão no Oriente, Pedro Álvares Cabral regressa em 1501 e vai fixar-se nos seus domínios, na zona de Santarém, onde vem a falecer em 1520.
A Grande Batalha naval de Diu
As actividades dos portugueses levaram os muçulmanos a tomar acção militar. O sultão do Egipto, aliado aos venezianos e aos Turcos, organizou uma grande armada que atravessou o Oceano Indico até Diu, onde entrou em combate com uma esquadra portuguesa. No primeiro combate saíram vitoriosos e até mataram D. Lourenço de Almeida , filho de D. Francisco de Almeida.
D. Francisco de Almeida jurou vingança pela morte do filho, e em 2 de Fevereiro de 1509, travou-se uma grande batalha naval em Diu, e a armada do sultão foi totalmente destruída pelos portugueses, que assim asseguraram a sua hegemonia comercial e militar sobre a Índia e permitiu a Portugal estender o seu Império até à China e Japão.
A grande superioridade da artilharia naval portuguesa, de muito maior alcance, melhor precisão e cadência de tiro, foi a principal responsável por esta tremenda vitória naval sobre os seus adversários muçulmanos e venezianos. Nesta batalha, os portugueses tinham uma esquadra de 18 navios entre naus e barcos de apoio, e os turcos, venezianos e indus cerca de 10 naus e galeões.
![]() |
Portugueses no Japão |
D. Afonso de Albuquerque, sucessor de D. Francisco de Almeida, conquistou Goa (1510), que se tornou a sede do poder Português, e Malaca (1511); mandou duas expedições às Molucas (1512 e 1514); capturou Ormuz no Golfo Pérsico (1515). Pouco depois, Fernão Peres de Andrade chegou a Cantão na China, e em 1542 foi permitido aos mercadores portugueses instalarem-se em Liampo (Ning-Po)., fundando em 1557 a colónia de Macau (Macao). Diz dele a "Bibliotheca Lusitana" de Diogo Barbosa Machado: «Chamado o Grande pelas heróicas façanhas com que encheu de admiração a Europa e de pasmo e terror a Ásia».
O Homem que provou que o mundo era redondo
Fernão de Magalhães
Fernão de Magalhães, filho de Rui Magalhães e Alda de Mesquita, nasceu em 1480 em Sabrosa ou no Porto e morreu em 27 de Abril de 1521 em Mactan, Filipinas. Fui pagem da Raínha D. Leonor em Lisboa. Navegou sob as bandeiras de Portugal ( 1505-1512 )e Espanha (1519-21) e é considerado por muitos, como o maior navegador de todos os tempos. Devido ao tratado de Tordesilhas, Espanha entende que as ilhas das especiarias, as Mollucas, lhe pertenciam , e envia uma expedição naval,
comandada por Magalhães, que sai de Sanlúcar de Barrameda em 20 de Setembro de 1519,
A frota passa por Tenerife, chega à costa do Brasil em 20 de Setembro, e seguindo para o sul, chega às costas da da actual Argentina, Chile e depois ao oceano Pacífico. Descobriu o famoso estreito que hoje tem o seu nome, a "desejada passagem do sudoeste" e atravessou o oceano com uma sorte espantosa, tal a calma do mar que encontrou, que lhe chamou o"Oceano Pacífico". Nas Filipinas, na ilha de Mactan, foi morte em combate com os indígenas, e Sebastián Elcano termina a viagem, chegando a Espanha a 8 de Setembro de 1522.
Restauração da Independência
Guerras da RestauraçãoBatalha do Montijo (1644) Primeiro confronto militar da Guerra da Restauração da independência, que teve lugar a 26 de Maio de 1644, numa veiga do Guadiana, a nordeste de Badajoz.
De regresso a Portugal, na margem esquerda do rio Guadiana, esperava-o um contingente militar espanhol de 8500 homens, comandados pelo barão de Mollingen.
Linhas de Elvas (1659)
Os mais importantes cercos feitos à cidade de Elvas datam das guerras da restauração. Assim, em finais de 1644, o exército espanhol, comandado pelo marquês de Torrecusa, atravessou o rio Guadiana. Reconhecida a importância de Elvas, tentou tomar a cidade, acabando por retirar nesse mesmo ano, face à resistência portuguesa. Em 1658, um novo exército espanhol, desta feita sob o comando de D. Luís de Haro e equipado para manter um cerco prolongado, atacou a cidade. Em Janeiro de 1659, um exército de socorro veio ao encontro dos sitiados, terminando o cerco com a batalha das linhas de Elvas, de que os portugueses saíram vitoriosos.
Ameixial (1663)
Batalha travada a 8 de Junho de 1663, no contexto da Guerra da Restauração, entre portugueses comandados por D. Sancho Manuel (conde de Vila Flor) e pelo conde de Schomberg, e espanhóis sob o comando de D. João de Áustria, filho ilegítimo de Filipe IV. As tropas espanholas saíram de Badajoz, invadiram Portugal, tomando Évora e Alcácer do Sal, e aproximando-se de Lisboa. Os portugueses derrubaram as forças espanholas nos campos de Ameixial, a 5 km de Estremoz, razão pela qual os espanhóis chamam a este confronto batalha de Estremoz.
Castelo Rodrigo (1664)
Confronto militar integrado na Guerra da Restauração, durante a regência de D. Afonso VI, que teve lugar em 1664 na vila fronteiriça de Castelo Rodrigo, entre os vales do Côa e Ribeira de Aguiar, no distrito da Guarda, contra a ofensiva espanhola. O exército português era comandado por Pedro Jacques de Magalhães e composto por 2500 homens contra os 5000 espanhóis comandados pelo duque de Ossuna. Os portugueses venceram a batalha obrigando os castelhanos a bater em retirada. Montes Claros (1665)Confronto militar travado em 17 de Junho de 1665, numa planície entre as serras da Vigária e de Ossa, na freguesia de Rio de Moinhos (Borba), opondo tropas portuguesas e espanholas.
Este recontro surge integrado na Guerra da Restauração da independência nacional relativamente ao domínio dos Filipes de Espanha. As tropas portuguesas eram constituídas por 15 000 infantes e 5000 cavaleiros, sob o comando do conde de Schomberg (militar profissional de origem alemã que introduziu em Portugal importantes alterações de táctica militar), contra um contingente militar inimigo composto por 25 000 homens comandados pelos marquês de Caracena. Os espanhóis foram derrotados, sofrendo pesadas baixas, pelo que esta foi a última batalha da Guerra da Restauração, sendo a paz restabelecida em 1668
As Invasões Francesas - A Guerra Peninsular
Foram incursões militares de tropas francesas sobre o território português levadas a cabo, nos anos de 1807-1808, 1809 e 1810-1811, sob a direcção, respectivamente, dos marechais Junot, Soult e Massena.
A razão imediata das invasões relacionou-se com a recusa portuguesa em aderir ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão em relação à Inglaterra, no ano de 1806. Para agravar a situação, em Agosto do ano seguinte, França apresentou um ultimato ao governo português: ou este declarava guerra à Inglaterra até dia 1 de Setembro ou as fronteiras nacionais seriam cruzadas pelos soldados franceses. Na medida em que a aliança anglo-lusa não foi quebrada, a ameaça foi cumprida em meados de Novembro.
O poderio militar gaulês aconselhou a que não fosse oferecida oposição de maior aos invasores. No entanto, a família real e a corte acharam por bem embarcar e instalar-se no Brasil de modo a evitar o seu aprisionamento e a manter a independência nacional.
1ª Invasão Francesa - Junot
Jean-Andoche Junot, Duque de Abrantes Junot declarou que os Braganças tinham sido depostos, mas
a sua ocupação foi desafiada em Agosto de 1808 pela chegada de Arthur Wellesley ( mais tarde duque de Wellington) e um exército inglês de 13.500 homens à baía do Mondego.
Ganhando as victórias de Roliça (17 de Agosto) e Vimeiro (21 de Agosto), Wellesley permitiu aos seus superiores negociar a Convenção de Sintra (31 de Agosto), pela qual foi permitido a Junot abandonar Portugal levando todo o seu exército.
2ª Invasão Francesa - Soult
Nicolas Jean de Dieu Soult A segunda invasão francesa (1808-09) levou à morte Jonh Moore na Corunha (Janeiro de 1809) e ao reembarque das forças britânicas. Em Fevereiro, William Carr (depois visconde) Beresford foi posto no comando do exército Português, e em Março o Marechal N.J. de Dieu Soult avançou desde a Galiza e tomou o Porto. Wellesley regressou a Portugal em Abril, afastou Soult do norte, e depois da victória de Talavera de la Reina (Julho). libertou Portugal.
3ª Invasão Francesa - Massena -
Jean-André Masséna, 1º Duque de Rivoli, 1º Príncipe d'Essling -" l'Enfant chéri de la Victoire" - Excepto em Portugal! A terceira invasão francesa seguiu-se em Agosto de 1810 quando o marechal André Massena, o Marechal Michel Ney e Junot entraram na província da Beira.
Derrotados por Wellington no Buçaco (27 de Setembro) perto de Coimbra, as forças francesas tiveramque enfrentar as linhas de defesa de Torres Vedras ao norte de Lisboa, muito bem preparadas, e tiveram que aí invernar no meio de grandes privações.
Na primavera de 1811 puderam retirar-se, e em 5 de Março começaram a evacuação de Portugal, hostigadas pelos ataques de portugueses e ingleses e atravessando a fronteira depois de terem sido novamente derrotadas no Sabugal (3 de Abril). Portugal fez a paz com França em 30 de Maio de 1814.
Sir Artur Wellesley - Lord Welligton
A resistência armada à ocupação ganhou fulgor após a chegada de um contingente militar inglês liderado por Sir Artur Wellesley (doravante conhecido como Lord Wellington), que infligiu duas derrotas aos inimigos nas batalhas de Roliça e Vimeiro.
Guerra Civil Portuguesa (1828-1834)
Ocorre no quadro da Crise da Sucessão ao Trono Português (1826-1834) que opôs o partido cartista, constitucionalista, ou liberal, liderado pelo ex-imperado D. Pedro I do Brasil, e ex-rei D. Pedro IV de Portugal, auto-proclamado regente do Reino em nome de sua filha a princesa do Grão-Pará, D. Maria da Glória de Bragança, depois D. Maria II, rainha de Portugal e o partido tradicionalista, legitimista, ou absolutista, encabeçado por D. MIguel I, rei de Portugal. Em causa estava a vontade de transformação de Portugal numa monarquia constitucional, o que se opunha aos princípios vigentes do legitimismo ou tradicionalismo, a que os liberais chamavam absolutismo.
Desembarque do Mindelo
Desembarque do Mindelo é a designação dada ao desembarque das tropas liberais a norte do Porto em 8 de Julho de 1832, durante as Guerras Liberais, nome pela qual ficou conhecida a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). O desembarque, que envolveu cerca de 7.500 homens, entre os quais se contavam Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Joaquim António Aguiar, transportados por 60 navios, permitiu às forças liberais tomar a cidade do Port no dia 9 de Julho, apanhando de surpresa o exército miguelista que haveria de as submeter ao prolongado Cer5co do Porto.
D. Miguel I acabaria por capitular em 1834, em Évora Monte, abrindo caminho à implantação definitiva do Liberalismo em Portugal. Apesar do nome pelo qual ficou conhecido, o desembarque não ocorreu na vila de Mindelo, mas antes praia da Arenosa de Pampelido, actual Praia da Memória, na freguesia da Lavra, concelho de Matosinhos.
Batalha de Almoster
Batalha de Almoster foi travada em 18 de Fevereiro de 1834, saldando-se por uma vitória das tropas liberaiss, comandadas pelo Marechal Saldanha, sobre as chamadas tropas absolutistas, ou legitimistas, comandadas pelo general Lemos.
Santarém era o fulcro da guerra civil, mas o domínio da facção miguelista não existia apenas nesta cidade. Com efeito, apesar de várias vitórias liberais, no Norte as províncias de Trás-os-Montes, Minho e Beira Alta estavam ainda em poder de D. Miguel, que contava além disso com um vasto número de milícias que lhe eram fiéis no sul do País.
Batalha da Asseiceira
A batalha da Asseiceira travou-se na povoação de Asseiceira perto de Tomar 16 de Maio de 1834. Fez parte das guerras civis entre liberais e miguelistas, onde estes últimos foram derrotados. Além de mortos e feridos em grande número, os absolutistas deixaram 1400 prisioneiros nas mãos dos liberais. Esta batalha pôs termos ao reinado de D. Miguel, obrigado a recolher-se a Évora Monte, onde foi assinada a paz e de onde o monarca partiu para o exílio.
1ª Guerra Mundial ( 1914 - 1918 )
Durante este período, com o começo da 1ª Guerra Mundial, Portugal proclamou a sua adesão à sua aliança com a Inglaterra (7 de Agosto de 1914) e pediu para entrar nas operações militares contra a Alemanha. Em 17 de Setembro partiu uma primeira expedição para reforçar as colónias em África, que lutaram no noroeste de Moçambique, na fronteira com o Tanganica, e no sudoeste de África, na fronteira com a África Sul ocidental alemã.
Em Fevereiro de 1916 Portugal apresou os barcos alemães que estavam nos seus portos , e a Alemanha declarou-lhe guerra ( 9 de Março ). Um submarino alemão bombardeia a cidade do Funchal na ilha da Madeira em Dezembro de 1916, o que causou grande emoção em Lisboa. Para quem queira obter uma melhor informação sobre a participação portuguesa na Grande Guerra, recomenda-se uma visita ao Museu Militar.
O regime republicano decidiu-se a enviar tropas portuguesas para a Flandres, apesar de saber que não tinham suficiente preparação militar e equipamentos modernos adequados, pelas seguintes razões:Com vista à manutenção das colónias, de modo a poder reivindicar a sua soberania na Conferência de Paz que se adivinhava com o final da guerra;
A necessidade de afirmar o prestígio e a influência diplomática do Estado republicano entre as potências monárquicas europeias, de forma a granjear apoio perante uma possível incursão monárquica que viesse a derrubar o republicanismo (muitos portugueses defendiam, aliás, o regresso da monarquia). A vontade de afirmar valores de Estado que distinguissem Portugal da Espanha e que assegurassem a
A necessidade, por parte do Partido Democrático de Afonso Costa, então no poder, de afirmar o seu poder político, ao envolver o país num esforço colectivo de guerra, tanto em relação à oposição republicana quanto em relação às influências monárquicas no exílio.
Uma expedição portuguesa ( o CEP )partiu para a frente ocidental em 1917, sob o comando do General Tamagnini de Abreu; em 9 de Abril de 1918, ficaram debaixo de forte ataque alemão na batalha de La Lyz. Pelo tratado de Versalhes (1919) Portugal recebeu 0,75 porcento das indemnizações pagas pelos alemães e o Quionga área de Moçambique capturada pelas forças portuguesas na África Oriental. O total de efectivos portugueses enviados para a França, entre 1917 e 1918, foi de 55.083. Tivemos 2.086 mortos e 5.524 feridos, o custo do baptismo de fogo, que o governo da República insistiu dar a Portugal para defender o seu Império Colonial.
A Batalha de La Lyz
Foi na madrugada de 9 de Abril de 1918 que o fogo dos bombardeamentos alemães (sob o comando do general Ludendorff) inundou a terra e cobriu os céus de pesadas nuvens negras, onde os homens se submergiam, mortos ou feridos, na lama espessa. Foi a célebre Batalha de La Lys, que deixou um saldo aterrador no o sector português: dos 7500 homens destroçados, mais de mil caíram mortos.
C.E.P. - Corpo Expedicionário Português tradução do inglês Portuguese Expeditionary Corps, com que os ingleses denominaram as forças portuguesas que combateram na Grande Guerra, e que mais tarde os próprios soldados portugueses denominaram de "Carneiros de Exportação Portuguesa", pela falta de preparação técnica e ausência de equipamento militar adequado a essa guerra moderna.
2ª Guerra Mundial ( 1939 - 1945 )
A Segunda Guerra Mundial (1939–1945) - e na qual felizmente Portugal não tomou parte, ficou neutral - opôs os Aliados às Potências do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade.
Perderam-se cerca de 55 milhões de vidas, e gastaram-se biliões de dólares nos custos da guerra e nos prejuízos que ela causou. Só na Europa Ocidental ficaram destruídos mais de 1,5 milhões de edifícios e mais de 7 milhões sofreram danos ou prejuízos.
A 2ª guerra pela defesa do ultramar (1960-1974)
Os ventos da História
(História de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )
Depois da segunda Guerra Mundial, o despertar do continente africano e a generalização dos movimentos de independência exerceram o seu impacte também nas colónias portuguesas. Tanto em África como na Metrópole surgiram vários grupos, mais ou menos clandestinos, de unidade africana. Na década de Cinquenta, alguns estudantes negros e mulatos das universidades de Lisboa gritaram aos poucos um plano de independência num enquadramento africano.
Perseguidos pela polícia, tiveram de sair de Portugal e de buscar refúgio no exílio. O seu movimento era sobretudo intelectual, e escassos os contactos com as populações indígenas. Mergulhada numa vida tribal, primitiva, a esmagadora maioria dos africanos não tinha condições para reagir a activistas intelectuais nem podia compreender os seus objectivos. Mau grado as expressões enfáticas dos defensores da independência, havia pouca consciência nacional em torno de conceitos como Angola ou Moçambique, criações artificiais de finais do século XIX.
![]() |
No norte deAngola |
Outra possibilidade mais remota estava na junção de forças com os movimentos anti-salazaristas, no fito de desencadear uma revolução geral contra o colonialismo. Esta hipótese parece ter sido aceite por alguns grupos oposicionistas portugueses - sobretudo entre os exilados - embora se pergunte até que ponto esses grupos aceitariam a aliança para além de uma mera estratégia política que derrubasse o Estado Novo.
«Mau grado um acordo táctico entre o MPLA e a FNLA em 1972, é possível dizer-se que Angola se achava próximo de pacificada por ocasião do 25 de Abril e que Portugal dominava praticamente todo o território da colónia. »
( História de Portugal - A.H. de Oliveira Marques )
Forças Armadas século XXI - Marinha

A primeira batalha naval da Marinha Portuguesa de que se tem conhecimento, deu-se em 1180, durante o reinado do primeiro de rei de Portugal, D. Afonso Henriques, ao largo do Cabo Espichel, quando uma esquadra portuguesa, comandada por D. Fuas Roupinho, derrotou uma esquadra muçulmana.
O Corpo de Fuzileiros é composto por um comando administrativo (Comando do Corpo de Fuzileiros), uma unidade de instrução (Escola de Fuzileiros) e uma unidade base (Base de Fuzileiros). Como unidades operacionais, aquarteladas na Base de Fuzileiros, existem:
![]() |
Fuzileiros - Sec- XXI2 |
![]() |
1ª Guerra - Expedicionários para Angola |
Armas Ligeiras:
Pistola Glock 17 de 9 mm;
Pistola-Metralhadora MP5 de 9 mm;
Pistola-Metralhadora Walther MPK de 9 mm;
Espingarda Automática G3 de 7,62 mm;
Espingarda Automática G36 de 5,56 mm (Destacamento de Acções Especiais);
Carabina M16A2 de 5,56 mm, com Lança-Granadas de 40mm (Destacamento de Acções Especiais);
Arma de Precisão Accuracy AW-50 de 12,7mm (Destacamento de Acções Especiais);
Metralhadora Ligeira MG3 de 7,62 mm;
Metralhadora Ligeira MG43 de 5,56 mm (Destacamento de Acções Especiais);
Morteiros:
Morteiro Pesado de 120 mm;
Morteiro Médio de 81 mm;
Morteiro Ligeiro de 60 mm;
Armas Anti-Carro:
Canhão sem recuo Carl Gustav M2 de 84 mm;
Dispositivo de Lançamento de Míssil Anti-Carro MILAN.
Meios Anfíbios:
Lanchas de Desembarque Médias da Classe LDM100;
Lanchas de Desembarque Médias da Classe LDM400;
Viaturas Anfíbias LARC-5;
Botes de borracha da Classe Zebro;
Viaturas Blindadas Anfíbias 8x8 Pandur II (em aquisição).
Marinha - Navios
Fragatas
|
|
|
Informação genérica:
Patrulha oceanico
|
|
|
Portugal
|
Submarino de ataque (SSK) classe
|
Tridente
|
|
(tipo U-214)
|
A História do Exército Português está directamente ligada à História de Portugal, desde a sua primeira hora.
|

|
|||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||
|
Os M-60 portugueses eram M-60A1, modificados para o padrão M-60A3. Além dos 96 carros de combate, estavam ainda ao serviço cindo unidades do M-60A-2 TV que são carros sem torre para instrução usados pelo GI (Grupo de instrução) do RC4 (Regimento de Cavalaria 4) em St. Margarida.
![]() O M60-A3, é um desenvolvimento do carro M60-A1 que por sua vez é um desenvolvimento do M48-A2, do qual herdou muitos componentes. Muitos dos componentes foram fabricados pela Chrysler. O M-60A3 não apresenta alterações exteriores de monta relativamente às características base do M60-A1 com motor e rodas motrizes atrás, condutor à frente à esquerda. Os modelos diferem no entanto dos M60-A1 pela inclusão de um sistema computadorizado de controlo de tiro, telémetro a laser e sistema NBC. Muitos dos M60-A3 receberam um sistema térmico de visão que permite o combate nocturno chamado Tank Thermal Sight. Os carros com este sistema são conhecidos como M60-A3 TTS. Os M60-A3 não são novas construções mas sim reconstruções de M60-A1 mais antigos modificados para o padrão mais recente. Embora ainda haja vários modelos deste tipo operacionais, o M-60A3 é neste momento considerado um veículo obsoleto. O desenvolvimento desta versão teve inicio na primeira metade da década de 1970, mas foi resultado de um lento processo de pequenas modificações que foram sendo feitas ao longo dos anos. A soma destas modificações acabou por resultar numa viatura com características muito superiores ao M60-A1, o que levou o exército a dar-lhe uma nova designação. Os primeiros carros com esta designação entraram ao serviço em 1978, com uma torre com blindagem melhorada uma nova metralhadora coaxial, um telemetro a laser, e o que para a altura era um sofisticado computador para cálculo de tiro que aumentou muito a probabilidade de acerto ao primeiro tiro. A arma principal também recebeu uma manga térmica para dificultar a identificação do veículo por sistemas detetores de calor e foi incluido um gerador de fumaça, para envolver o carro de combate em fumo em situações de emergência. Esse sistema gerador de fumo, dava uma vantagem ao M60A3 porque pouco depois, foi incluido o sistema AN/VSG-2(TTS) de visão térmica, que passou a permitir a utilização do M60 em combate nocturno em em ambientes de fumo e neblina. A introdução deste sistema único, deu ao M60-A3 TTS, uma superioridade clara sobre todos os carros de combate da década de 1970, inclusivé os tanque T-72 soviéticos, embora estes últimos tivessem uma blindagem superior, especialmente na parte frontal do chassis e da torre. Foram entregues cerca de 5.000 exemplares do M60-A3. Desses, cerca de 3.000 resultaram da reconversão de M60-A1 mais antigos, enquanto que 2.000 exemplares foram encomendados novos. Defeito mortal
Um dos mais graves problemas detectados em combate nos carros da família M60, bem como no M-48, foi o sistema hidraulico de rotação da torre e elevação do canhão, o qual no caso de a torre ser danificada, e os sistema hidraulico atingido, produzia um spray de líquido inflamável a alta temperatura que queimava a tipulação. Em Israel, modificações efectuadas no sistema, com a introdução de um equipamento electrico, resolveram o problema. Informação genérica:
As origens do M60 encontram-se por isso no desenvolvimento ainda durante a II guerra do carro de combate M26 «Pershing», que fora desenhado com o objectivo de se superiorizar a qualquer tanque alemão. Os norte-americanos nunca deixaram de melhorar e aperfeiçoar o conceito, pelo que ainda na década de 1940 surgiu a série M-46/ M-47 e durante a década de 1950 a série M48. A série M60 começou a ser concebida ainda em 1956. Nessa altura, a grande profusão de viaturas blindadas que estavam ao serviço nas forças armadas americanas e europeias levou a um esforço de reorganização de que ressaltou a decisão de fazer alterações na estrutura das unidades blindadas. Decidiu-se desenvolver apenas um tanque leve, um tanque médio e abandonar o tanque pesado (M103) substituindo-o por uma uma versão melhorada do M48. Em meados da década de 1950, também tinha sido conhecida a entrada ao serviço do novo tanque T-55 soviético, equipado com uma nova arma de 100mm e uma blindagem de até 200mm na torre. Isto tornava inuteis os canhões de 75mm dos tanques leves e tornava muito dificil utilizar eficazmente os canhões de 90mm dos tanques médios. Embora a concepção de um tanque completamente novo fosse considerada, essa opção demoraria muito tempo. Como os T-54 e T-55 estavam já nas linhas de montagem, era forçoso partir do já existente M48 para a partir daí desenhar uma arma eficaz para derrotar a ameaça. O projeto de novo tanque, tomaria a forma do MBT-70, uma cooperação entre a Alemanha e os Estados Unidos, que só daria frutos na década de 1980. O canhão britânico L7 de 105mm, podia ser adaptado na torre do M48, o que facilitava o desenvolvimento. Aliás, os testes do novo canhão foram feitos em três M48 modificados. O M60, utilizaria um motor a Diesel em vez do motor a gasolina do M48 e os testes do modelo experimental terminaram em 1959, com uma primeira encomenda por parte do governo americano de 180 exemplares. A versão do M48, com o novo canhão de 105mm passou também a ser designada M48-A5 e passou a constituir uma opção de exportação. Em termos de poder de fogo e electrónica o M48-A5 era idêntico ao M60-A1. M-60 Versão original que entrou ao serviço em 1960. Caracterizava-se pela sua superior blindagem quando comparado com o M48 mas principalmente pela introdução do canhão L7 de 105mm que era superior até ao canhão de 115mm do tanque T-62 soviético. M60-A2 Resultado da obsessão com a tecnologia por parte da administração Kennedy e do secretário da defesa Robert McNamara, o M60-A2 utilizava um tipo de torre e armamento revolucionário, que no entanto mostrou não ser tão eficiente quanto o canhão L7 de 105mm. M60-A3 Durante a década de 1970, com o aparecimento dos tanques da família T-64 e T-72, o M60 ficou em desvantagem. Foi então decidido implementar um programa de modernização que incluiu novos sistemas electrónicos e capacidade para combate nocturno.
A aquisição por Portugal dos carros de combate Leopard-2 A6 foi confirmada por um acordo entre o governo de Portugal e o governo da Holanda em 26 de Setembro de 2007. As primeiras unidades do carro de combate, chegaram a Portugal a 15 de Outubro de 2008. O exercito pondera adquirir mais 18 unidades.
Portugal decidiu adquirir o PANDUR-II para substituir os veículos Chaimite (V-200) em utilização deste os anos 70, mas também para equipar unidades de infantaria mecanizada. Os PANDUR-II na sua versão básica, deverão assim ser distribuidos a unidades da Brigada de Reação Rápida, bem assim como a unidades de apoio de outras unidades Esta versão do Pandur do exército português não é anfibia, e é facilmente identificavel pela parte frontal e pelos farois rectangulares colocados no extremo da frente do carro. Os veículos serão montados em Portugal, com uma percentagem de incorporação nacional que poderá atingir os 80% na versão APC. Os primeiros Pandur-II nesta versão, que pode ser equipada com metralhadora pesada calibre 12.7mm ou lança-granadas calibre 40mm foram entregues ao exército português em Janeiro de 2008.
Força Aérea A Força Aérea Portuguesa (FAP) é o ramo aéreo das Forças Armadas Portuguesas. As suas origens remontam a 1912, altura em que começaram a ser constituídas as aviações do Exército e da Marinha. Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.
A FAP tem como missões principais a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com os outros ramos das Forças Armadas na defesa militar da Nação. Tem ainda como missões complementares a participação em missões no âmbito de compromissos internacionais e de interesse público de Portugal
Pontos Fulcrais
Gerar poder aéreo e uma capacidade de resposta eficaz;
A segurança como fator crítico da missão;
O valor das pessoas;
A qualidade dos meios;
Uma organização ágil, flexível e inovadora;
Uma cultura de serviço, empenhada no cumprimento da missão;
Uma força coesa, motivada e disciplinada;
Sentido de pertença, credibilidade e relevância;
Prestígio nacional.
FAP - Ramo Independente das Forças Armadas (1952)
1952 – Através da Lei nº 2055 de 27 de Maio de 1952 a Aeronáutica Militar é organizada como ramo independente das Forças Armadas, sendo composta por forças aéreas independentes e por forças aéreas de cooperação com o Exército e com a Marinha. A Aeronáutica Militar é administrada, no plano governamental, pelo subsecretário de Estado da Aeronáutica e comandada superiormente pelo chefe do Estado-Maior das Forças Aéreas.
Na nova Aeronáutica Militar são integradas as anteriores Aeronáutica do Exército e Aviação Naval, mas esta última mantém-se à disposição da Marinha para efeitos de instrução e de emprego operacional. Considera-se este o marco da criação da Força Aérea Portuguesa;
1955 – No seio das forças aéreas, é ativado oficialmente o Batalhão de Caçadores Paraquedistas, a primeira unidade de tropas pára-quedistas das Forças Armadas Portuguesas
1956 – Através do Decreto-Lei nº 40 949 de 28 de dezembro de 1956, as forças aéreas são reorganizadas, sendo oficializado o termo "Força Aérea" (no singular) como designação oficial do ramo, em alternativa ao de "Aeronáutica Militar" que irá cair em desuso. O território nacional metropolitano e ultramarino é dividido em três grandes regiões aéreas, que passam a exercer o comando operacional das unidades aéreas estacionadas na sua área:
1.ª Região Aérea, com comando em Lisboa, abrangendo Portugal Continental, Açores, Madeira,Guiné Portuguesa e Cabo Verde;
2.ª Região Aérea, com comando em Luanda, abrangendo Angola e São Tomé e Príncipe;
3.ª Região Aérea, com comando em Lourenço Marques, abrangendo Moçambique, Índia Portuguesa, Macau e Timor-Leste. Mais tarde, dentro da 1.ª Região Aérea, são criados dois comandos semi-autónomos: Zona Aérea dos Açores e Zona Aérea da Guiné e Cabo Verde
1958 – As Forças Aeronavais (antiga Aviação Naval) são completamente integradas na Força Aérea, deixando de ter qualquer ligação administrativa à Marinha
1960 – São criadas as primeiras bases aéreas em Angola (Luanda e Negage);
1961 – Ataques terroristas em Luanda e no norte de Angola dão início à Guerra do Ultramar em que a Força Aérea vai ter um papel muito activo, em operações de combate, reconhecimento, evacuação de feridos e apoio logístico às tropas e população civil.
1961 – O Subsecretariado de Estado da Aeronáutica é substituído pela Secretaria de Estado da Aeronáutica, cujo titular passa a ter assento no Conselho de Ministros, se bem que ainda mantenha um estatuto governamental inferior ado dos ministros do Exército e da Marinha.
1961 – O general da Força Aérea Venâncio Deslandes é nomeado Governador-Geral e Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola. A função de Comandante-Chefe implicava o comando conjunto dos três ramos das forças armadas no respectivo Teatro de Operações, sendo o primeiro caso na Guerra do Ultramar em que essa função foi exercida por um oficial não pertencente ao Exército
1962 – Criação oficial das Formações Aéreas Voluntárias, organizações de milícia aérea civil auxiliar da Força Aérea na Guerra do Ultramar
1967 - Em 12 de Outubro de 1967, o general da Força Aérea João Anacoreta de Almeida Viana assume interinamente as funções de Comandante-Chefe das Forças Armadas em Angola, cargo que virá a exercer plenamente entre Julho de 1968 e Maio de 1970
1968 - O general da Força Aérea Venâncio Deslandes assume o cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, mantendo-se em funções até 1972
1974 – Dá-se o golpe militar de 25 de Abril que derruba o governo de Marcelo Caetano e pôe fim à Guerra do Ultramar. Na sequência da revolução são extintos os Ministérios do Exército e da Marinha, bem como a Secretaria de Estado da Aeronáutica. As Forças Armadas deixam de ficar subordinadas ao poder civil, passando à tutela do Conselho da Revolução. Os Chefes de Estado Maior dos três ramos das Forças Armadas passam a exercer o comando do ramo, com o estatuto de ministro. O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas passa a ter o estatuto equivalente ao de Primeiro-Ministro, ficando na dependência directa do Presidente da República
1975 - A FAP envia para Timor-Leste um destacamento de helicópteros, que ali opera em apoio das forças portuguesas (entre as quais um destacamento de pára-quedistas) até à invasão indonésia
1975 - Com a independência dos territórios africanos portugueses, a FAP retira de África, sendo extintas a 2ª e a 3ª Regiões Aéreas. Mantém-se apenas o Comando da 1ª Região Aérea que é, pouco depois, transformado no Comando Operacional da Força Aérea
1977 – A Força Aérea é reorganizada, sendo criado o Instituto de Altos Estudos da Força Aérea
1978 – Entra em funcionamento a 1 de Fevereiro a Academia da Força Aérea
1982 – Na sequência da reforma constitucional onde é extinto o Conselho da Revolução, as Forças Armadas voltam a ficar subordinadas ao poder civil. A Força Aérea Portuguesa, tal como os outros ramos, é integrada no Ministério da Defesa Nacional
Esquadras de Voo
As aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes das bases aéreas. Em teoria cada esquadra baseia-se em 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo, conforme é, respectivamente, uma esquadra de aeronaves ligeiras, de aeronaves médias ou de aeronaves pesadas. Na prática, esta quantidade varia bastante, dependendo do material disponível. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos.
As esquadras recebem uma numeração de três algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária, do seguinte modo:
1 - instrução
2 - caça
3 - ataque
4 - reconhecimento
5 - transporte
6 - patrulha marítima
7 - busca e salvamento
8 - especial
O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, do seguinte modo:
0 - asa fixa
1 - misto
5 - asa móvel
Desta forma, destacam-se:
Esquadras de instrução:
Esquadras 101 "Os Roncos" e 103 "Caracóis" baseadas na BA11 em Beja
Esquadras de caça:
Esquadra 201 "Falcões" baseada na BA5 em Monte Real
Esquadras de ataque: Esquadra 301 "Jaguares" baseada na BA5 em Monte Real
Esquadras de transporte: Esquadras 501 "Bisontes", 502 "Elefantes" e 504 "Linces" baseadas na BA6 em Montijo, Esquadra 552 "Zangões" baseada na BA11 em Beja
Esquadras de patrulha marítima: Esquadra 601 "Lobos" baseada na BA11
Esquadras de busca e salvamento: Esquadra 751 "Pumas" baseada na BA6
Esquadras de função especial: Esquadra 802 "Águias" dependente da Academia da Força Aérea e baseada na BA1 em Sintra
UPF – Unidade de Protecção da ForçaA Força Aérea Portuguesa constituiu no início dos anos 90 uma unidade dentro da Polícia Aérea, denominada “Equipa de Resgate de Combate” e conhecida pela sigla RESCOM, destinada a efectuar as chamadas missões de “CSAR” ou busca e salvamento em situação de combate. Os militares que integravam esta força, inicialmente todos do Quadro Permanente, treinavam não só os procedimentos próprios como contribuíam para o treino de todos os tripulantes de aeronaves da Força Aérea que devem estar preparados para, em caso de serem abatidos/caírem em território hostil, saberem como poderão ser resgatados por este tipo de equipas altamente especializadas.
Recentemente a Força Aérea Portuguesa, avaliando, além de outros aspectos, o seu efectivo empenhamento internacional, o tipo de missões e os locais em que as aeronaves nacionais têm sido empregues, decidiu reformular as missões das equipas RESCOM, entretanto desactivadas, criando a Unidade de Protecção da Força (UPF) da Polícia Aérea.
Esta nova força, dependente do Tenente-General Comandante do Comando Aéreo, tem uma missão bem mais abrangente que o ex-RESCOM. De carácter expedicionário, tem como a missão primária garantir a protecção activa dos Destacamentos da Força Aérea Portuguesa nos diferentes Teatros de Operações. Militares desta força integraram o Destacamento da Força Aérea (C-130) no Chade, no âmbito das missões EUFOR - TCHAD/RCA e no Afeganistão no âmbito da NATO - ISAF. Está ainda preparada para executar outro tipo de missões de natureza reservada.
Tropas Paraquedistas
Tropas Paraquedistas MHTE • MHA é a designação genérica das tropas, das Forças Armadas Portuguesas, treinadas e equipadas para a realização de operações militares aerotransportadas, especialmente aquelas em que são realizados saltos de paraquedas. Actualmente, as Tropas Paraquedistas estão integradas no Exército Português e incluem Infantaria paraquedista, precursores aeroterrestres, dobradores de paraquedas e operadores de abastecimento aéreo. Existem também militares paraquedistas especialistas em Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Transmissões e serviços
Até 2006, as Tropas Paraquedistas constituíam um corpo militar com uma estrutura integrada e comando unificado, primeiro, dentro da Força Aérea (Comando do Corpo de Tropas Paraquedistas) e, depois, dentro do Exército (Comando de Tropas Aerotransportadas). Essa estrutura e a autonomia administrativa, operacional e de formação que daí advinha, tornava os Paraquedistas quase num ramo independente das Forças Armadas. Desde 2006 deixou de haver uma estrutura e comando unificado das Tropas Paraquedistas, estando, no entanto, todas as unidades paraquedistas dependentes da Brigada de Reacção Rápida.
A unidade foi prevista aquando da promulgação da Lei 2005 (artº nº9) de 27 de Maio de 1952, a mesma que criava a Força Aérea Portuguesa como ramo independente das Forças Armadas. Com o artº 20 do Decreto-lei nº 40395 de 1955 (Regulamento para a Organização, Recrutamento e Serviço das Tropas Pára-quedistas) é autorizado, pela primeira vez na história dos uniformes das Forças Armadas Portuguesas, o uso de uma boina como cobertura de cabeça. Às tropas pára-quedistas foi designada a cor verde, o que lhes valeu a alcunha de Boinas Verdes.
Pela Portaria Nº 15671, de 26 de Dezembro de 1955, foi criado o Batalhão de Caçadores Pára-quedistas (BCP), por iniciativa do então subsecretário de Estado da Aeronáutica, coronel Kaúlza de Arriaga. Perante a necessidade da Nação dispor deste tipo de tropas, e perante as hesitações do Exército em formá-las, Kaúlza de Arriaga assumiu a sua formação no seio da Força Aérea Portuguesa.
Nesse ano são instruídos 192 militares em paraquedismo, na escola de Alcantarilha (Espanha), que se juntam a outros já formados na escola de Pau (França) em anos anteriores. Às novas tropas, pela primeira vez na história militar portuguesa, é concedido o uso de boina - neste caso, boina verde - como cobertura de cabeça; a unidade foi sediada em Tancos e era dependente da recém criada Força Aérea Portuguesa.
Várias unidades se seguiram, bem como nos territórios ultramarinos, como os BCP 21 (Angola) e BCP 31 (Moçambique) e, pouco depois, ministra-se o primeiro Curso de Enfermeiras Pára-quedistas. Em 1966 forma-se o BCP 12 na Guiné Portuguesa, que seria activado a 14 de Outubro desse ano. Estas unidades participaram na Guerra Colonial Portuguesa.
De observar que o paraquedismo militar português tem origens mais remotas. Em 12 de Dezembro de 1819 é realizado o primeiro salto de paraquedas em Portugal, pelo inglês Eugénio Robertson. Em 6 de Outubro de 1922 é realizado o primeiro salto de paraquedas militar em Portugal, pelos oficiais de Engenharia, capitão Mário Costa França e tenente José Machado de Barros, pertencentes à Companhia de Aerosteiros do Exército Português.
Em 14 de Outubro de 1930 o primeiro-cabo José Maria da Veiga e Moura, piloto da Aeronáutica Militar, executou o primeiro salto de paraquedas a partir de um avião, em Portugal. Em 1942 são formados, na Austrália, 12 militares paraquedistas portugueses, naturais de Timor, que seriam lançados na retaguarda das forças japonesas que ocupavam aquele território português.
Em 1956, é criado o Batalhão de Caçadores Paraquedistas da Força Aérea, onde é integrado o núcleo inicial de militares paraquedistas. O batalhão é aquartelado em Tancos, que se torna - desde então e até à actualidade - no centro de paraquedismo militar português. Vizinha ao quartel dos paraquedistas, fica a Base Aérea de Tancos onde a Força Aérea cria a unidade de transporte e treino de tropas paraquedistas, equipada com aviões Junkers Ju-52.
Com o início da Guerra do Ultramar, o Batalhão de Caçadores Paraquedistas envia companhias de caçadores paraquedistas, primeiro para Angola e depois para a Guiné Portuguesa e Moçambique. As tropas paraquedistas tornam-se a principal força de intervenção das Forças Armadas Portuguesas, nos primeiros tempos da guerra, juntamente com algumas companhias de caçadores especiais do Exército.
Ao mesmo tempo que o Batalhão de Caçadores Paraquedistas sobe de escalão, sendo transformado em regimento, as suas companhias destacadas em África dão origem a batalhões independentes. Em 1961 são criados o Batalhão de Caçadores Pára-quedistas nº 21, em Luanda (Angola) e o BCP 31, na Beira (Moçambique), em 1966 é criado o BCP 12, em Bissau (Guiné) e, em 1968, é criado o BCP 32 em Nacala (Moçambique).
Enfermeiras Paraquedistas
De destacar que, também em 1961, as mulheres são, pela primeira vez, integradas como militares, nas Forças Armadas Portuguesas, ao serem formadas as Enfermeiras Paraquedistas. Estas enfermeiras vão acompanhar as tropas portuguesas - não só as paraquedistas - em operações de combate, durante toda a Guerra do Ultramar, sujeitando-se aos mesmos perigos dos militares combatentes. As Tropas Paraquedistas de Portugal vão ser das unidades mais activas em combate nas teatros de operações de Angola, Guiné e Moçambique. A maior parte das suas acções de combate são operações helitransportadas, usando-se os helicópteros Alouette III e Puma da Força Aérea.
No entanto, são também realizadas algumas operações em que os militares são lançados de paraquedas, normalmente, a partir de aviões Nord Noratlas. Paralelamente às Tropas Paraquedistas regulares, a partir de 1970 e no âmbito da política de "africanização" das forças combatentes, o Comando-Chefe das Forças Armadas Portuguesas em Moçambique cria os Grupos Especiais como unidades etnicamente homogéneas de tropas de assalto, constituídas por africanos, enquadrados por graduados portugueses. Pouco depois são criadas unidades deste tipo, mas com capacidade paraquedista, que ficam conhecidas por Grupos Especiais Pára-quedistas (GEP). Os GEP recebem um treino semelhante ao dos caçadores paraquedistas, sendo enquadrados por militares paraquedistas da Força Aérea. Os GEP identificam-se pelo uso de uma boina vermelha, sendo as primeiras tropas portuguesas a usar uma boina desta cor.
Com o fim da Guerra do Ultramar são desactivadas as unidades paraquedistas no Ultramar. Em abril de 1975 ainda é enviado o Destacamento de Caçadores Pára-quedistas Nº 1, para o Timor Português. Alguns meses depois, esses destacamento é responsável pela cobertura da retirada do último governador português, para a ilha de Ataúro, tendo depois realizado incursões para resgatar militares portugueses que se encontravam aprisionados em Timor.
Perante a invasão indonésia o destacamento e o governador embarcam em navios da Marinha Portuguesa e retiram do território. Entretanto, em Luanda, a 10 de novembro de 1975 os militares do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas nº 21 são os responsáveis pela prestação de honras ao último arrear da Bandeira de Portugal em Angola, sendo o batalhão desactivado no dia seguinte. Corpo de Tropas Paraquedistas
A 5 de Julho de 1975, as Tropas Paraquedistas de Portugal sofrem uma grande reorganização. É criado o Corpo de Tropas Paraquedistas que reúne todas as unidades paraquedistas da Força Aérea. Por sua vez o CCP incluia um estrutura territorial composta por Comando do Corpo de Tropas Paraquedistas e Base Escola de Tropas Paraquedistas em Tancos, Base Operacional de Tropas Paraquedistas Nº 1 em Lisboa e Base Operacional de Tropas Paraquedistas Nº2 em São Jacinto. Esta estrutura territorial é responsável pela mobilização, instrução e administração dos militares que vão guarnecer a força operacional do corpo.
Por sua vez, a força operacional do Corpo de Tropas Paraquedistas é a Brigada Ligeira de Paraquedistas (Briparas), constituída por Comando e Estado-Maior, Batalhão de Paraquedistas nº 11, Batalhão de Paraquedistas nº 21, Batalhão de Paraquedistas nº 31, Destacamento Aeroterrestre, Grupo Operacional de Apoio e Serviços, Companhia de Morteiros Pesados, Companhia Anticarro, Companhia de Comunicações, além de outras subunidades que seriam mobilizadas em caso de necessidade.
A existência do CTP com um comando próprio dá-lhe uma grande autonomia no seio da Força Aérea. O CTP é responsável pela instrução e mobilização dos seus militares, pela escolha do seu equipamento e, mesmo, pela sua doutrina. A sua autonomia e o seu progressismo torna-os numa das melhores equipadas unidades das Forças Armadas Portuguesas. Entre outros aspectos, é a primeira unidade militar portuguesa a ser equipada com mísseis anticarro e com veículos de ataque rápido (FAV).
A 15 de Março de 1985 foi feito Membro-Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Em 1991 e 1992, militares do Corpo de Tropas Paraquedistas asseguram a segurança da evacuação de cidadãos portugueses e de outros países europeus, do Zaire e de Angola, em virtude dos conflitos civis que se fazem sentir nesses dois Países.
A 13 de Dezembro de 1993 foi feito Membro-Honorário da Ordem Militar de Avis.
Brigada de Reacção Rápida
Em 2006, no âmbito da reorganização do Exército Português, dá-se a extinção do Comando de Tropas Aerotransportadas. Pela primeira vez, desde 1975, deixa de haver um comando unificado responsável pelas Tropas Pára-quedistas de Portugal. Mantém-se como principais unidades paraquedistas a Escola de Tropas Paraquedistas, o Batalhão de Apoio Aeroterrestre e dois batalhões paraquedistas.
Todas estas unidades dependem da Brigada de Reacção Rápida - resultante da transformação da antiga BAI - mas esta passa também a incorporar unidades não-paraquedistas, como as Tropas Comandos e as Tropas de Operações Especiais. Organização
Dependentes da Brigada de Reacção Rápida existem, actualmente, as seguintes unidades paraquedistas:
Uniforme
Em 1955 os paraquedistas foram pioneiros, no âmbito das Forças Armadas Portuguesas, no uso de dois itens especiais de fardamento: o Uniforme Camuflado e a Boina. Ao contrário das sugestões iniciais de adopção de uma boina de cor vermelha ou marron, seguindo o exemplo das tropas paraquedistas até aí existentes em outros países, o ministro da defesa de então, Santos Costa decidiu adoptar a cor verde. Segundo consta a cor verde era a da tinta da caneta que o mesmo usava para assinar os seus decretos.
Desde essa altura até à actualidade, o principal símbolo dos paraquedistas portugueses é a Boina de cor Verde Claro (chamada Verde Caçador Paraquedista). Por essa razão, os paraquedistas portugueses têm a alcunha de "Boinas Verdes".
Força Aérea - Aeronaves
Os países que modernizaram as suas frotas, foram a Holanda, Bélgica, Noruega e Dinamarca. Portugal também decidiu efectuar esse upgrade. Recentemente o Chile adquiriu à Holanda um lote destas aeronaves. Existem vários níveis e padrões MLU, que decorrem dos desenvolvimentos tecnologicos e evolução desde o inicio do programa. Enquanto o Chile adquiriu F-16-MLU (M2) por exemplo, Portugal tem alguns dos seus F-16 segundo o padrão (M2) e a Holanda tem finalizado o upgrade dos seus aviões para o padrão M3 e começou já a analisar a incorporação do M4. Estuda-se neste momento o padrão M5, embora não sejam conhecidos detalhes. Pelo menos a Holanda e a Dinamarca já confirmaram a intenção de converter parte dos seus F-16 para esse padrão (ainda em desenvolvimento) em 2010, o que implica que têm intenções de utilizar esta aeronave ainda durante bastante tempo.
O Alphajet, é o resultado da cooperação entre a França e a Alemanha, para produzir um avião de treino avançado, que tivesse capacidade para ataque ao solo e apoio táctico.
O Alphajet pode também ser utilizado como caça-bombardeiro subsónico, embora essa não seja a função para a qual foi desenhado, embora a sua grande versatilidade conte como um ponto a seu favor.
O Alphajet está equipado com sistemas relativamente modernos embora já bastante comuns em aeronaves actuais, como o HUD (Head Up Display) que facilida a vida ao piloto, mas os sistemas de tiro e pontaria são relativamente rudimentares embora precisos.
O P3-C é o mais recente dos P-3, e foi o último modelo a sair de fábrica. A principal diferença dos P3-C relativamente aos outros equipamentos, é o sistema central de processamento de dados e integração de sistemas, baseado num computador mais potente e com maior numero de funções. No entanto, como cada operador tem tendência a instalar os sistemas que mais se adequam às necessidades, há P3-B que são idênticos quando não superiores aos P3-C.
Algumas forças aéreas estão no entanto a modernizar os P3-C no sentido de aumentar ainda mais as capacidades destas aeronaves.
Uma delas, é a modernização CUP (Capability Upkeep Program) que inclui um novo radar, com alcance superior ao instalado nas versões P-3A e P-3B.
A modificação CUP, é idêntica à efectuada pela marinha norte-americana e permite ao P-3 capacidades acrescidas de vigilância já não restritas à vigilância marítima podendo efectuar acções de vigilância sobre terra firme.Informação genérica:Os P-3 são baseados na aeronave de transporte civil Lockeed L-188 Electra, cujo projecto começou em 1954 tendo voado pela primeira vez em 1957. Foi lançado como aeronave comercial no final dos anos 50 em versões para 66 a 80 passageiros.
Foi especialmente utilizado por companhias comerciais norte-americanas, embora também tenha sido operado por empresas sul americanas e asiáticas.
A sua versão militar, resultou de um pedido da marinha dos Estados Unidos para a concepção de uma aeronave de patrulha, de que resultou o P-3.
Os P-3 iniciais na versão P-3A começaram a operar em 1961, até ao surgimento da nova versão P-3B.
A última versão do P-3, é conhecida como P-3C.
Todas as versões desta aeronave contam por sua vez com modernizações efectuadas que multiplicam as versões, todas elas com características distintas.
Pelo menos nos Estados Unidos, espera-se que esta aeronave venha a ser substituida pelo P-8 Poseidon, baseado no modelo B737 da Boeing.
O EH-101, é originalmente um helicóptero para utilização a partir de navios. Tem a sua origem num projecto de cooperação entre a Italia e o Reino Unido para o desenvolvimento do helicóptero naval Sea King. O nome escolhido para o helicóptero (Merlin é nome de peixe) é indicativo disso. Em 1984, chegou-se a acordo sobre o financiamento do projecto.
O primeiro protótipo voôu em 1987 e as primeiras encomendas foram de 66 unidades para o Reino Unido e 36 para a Itália (posteriormente reduzida para 16). Desde então desenvolveram-se várias versões, sendo as principais a versão naval e a versão para utilização pelo exército.
A versão naval, tem sub-versões específicas, de onde se destaca a versão AEW (Airborne Early Warning), que foi encomendada pela Itália (4 unidades) para operação a partir do seu porta-aviões.
O EH-101 é um dos mais modernos helicópteros presentemente em operação no mundo, e está equipado com sistemas de identificação de radar inimigo, até blindagem e protecção em Kevlar para áreas mais sensíveis ou trem de aterragem retráctil.
Está ao serviço em vários países, entre os quais o Reino Unido, a Italia, Portugal e a Dinamarca.
|